Golpe que oferece desconto no WhatsApp pega compradores online

Um consumidor de Muritiba (BA) viveu na pele um golpe virtual que começa com um “desconto imperdível” via WhatsApp e acaba em dor de cabeça.
Após comprar um eletrodoméstico no site oficial de uma grande marca, ele recebeu mensagens de rastreio legítimas — até surgir um contato inesperado oferecendo 35% de desconto como compensação por “atraso na entrega”.
A seguir, entenda como esse golpe funciona e o que fazer para não cair na armadilha.
Como o golpe no WhatsApp se desenrola
Tudo começa com e‑mails ou SMS aparentemente genuínos, informando sobre o envio do produto. Três dias depois, surge o WhatsApp: uma mulher chamada “Carolina”, usando o logo e o número da empresa, afirma ser funcionária e explica que houve um atraso na entrega.
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Na sequência, oferece um desconto que parece real e atrativo.
Ela pede detalhes simples — como modelo e voltagem — e envia imediatamente um QR code de PIX ou uma chave aleatória para pagamento. Caso o comprador pague, o valor cai na conta dos criminosos.
Por isso, mesmo conhecendo o nome, o código de rastreio e o produto, é essencial confirmar tudo por vias oficiais antes de seguir qualquer orientação.
Passo a passo da tentativa de fraude
- Primeiro contato: após o rastreio, chega a mensagem no WhatsApp com desculpas e oferta de desconto.
- Solicitação de dados: a golpista pede prints do produto e especificações (voltagem, cor, modelo).
- Envio do PIX: surge o QR code e a chave de pagamento com o valor “já com desconto”.
- Cheque no SAC: o consumidor liga para o serviço ao cliente oficial e descobre que não há atrasos.
- Descoberta da farsa: ao consultar a chave PIX, percebe que ela pertence a outra empresa, não ao vendedor legítimo.
Essa sequência, apesar de parecer simples, convence até quem já tem experiência em compras online.
Os golpistas estudam a dinâmica de rastreio e usam dados roubados de alguma fase vulnerável — possivelmente no transporte ou em sistemas de notificação — para deixar o golpe mais convincente.
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Motivos e vulnerabilidades explorados
O golpe no WhatsApp aproveita falhas no fluxo de informações entre loja, transportadora e cliente. Qualquer vazamento de dados (e‑mail, número de pedido ou rastreio) já é suficiente para dar credibilidade à farsa.
Depois, o canal direto via WhatsApp gera urgência: o comprador acha que está se comunicando com alguém dentro da empresa e, por isso, tende a agir rápido.
Além disso, o uso de QR code de PIX ou chave aleatória induz ao pagamento instantâneo. Como o sistema do Banco Central só permite contestar um PIX antes de 30 dias em casos específicos, recuperar o dinheiro depois se torna muito difícil.
Como se proteger de golpes no WhatsApp

Antes de aceitar qualquer oferta de desconto fora do site oficial, faça o seguinte:
- Confirme em canais oficiais: ligue para o SAC ou acesse a área de suporte do site.
- Desconfie de urgência: ofertas apresentadas como “última chance” ou “prazo curto” geralmente são armadilhas.
- Nunca passe dados sigilosos: informações como CPF, número de cartão ou código de segurança não devem ser solicitadas por mensageiro.
- Cheque a chave PIX: antes de pagar, insira a chave em sua própria conta e veja a quem pertence.
- Atualize seus dispositivos: mantenha WhatsApp, sistema operacional e antivírus em dia para reduzir riscos de vazamento de dados.
Esses cuidados simples podem barrar o golpe e evitar prejuízos, especialmente para quem já está acostumado a compras online.
Cuidado com o desconto falso no WhatsApp!
O golpe do desconto no WhatsApp reforça a necessidade de cautela em todas as etapas de uma compra virtual. Mesmo contatos que parecem oficiais podem ser armadilhas bem elaboradas.
Sempre confirme as informações em canais oficiais da empresa e cheque a chave PIX antes de qualquer transferência.
Assim, o consumidor mantém sua segurança financeira e aproveita a praticidade do WhatsApp sem sustos.
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