O que significa quando uma pessoa fala dormindo, segundo a psicologia

Acordar com um relato de que falamos durante a noite pode surpreender qualquer pessoa. No entanto, a psicologia e a medicina chamam esse fenômeno de sonilóquio e mostram que ele vai muito além de versos desconexos — é um reflexo de como nossa mente funciona em diferentes estágios do sono.
O que significa falar dormindo?
Falar dormindo ou sonilóquio é o nome técnico para o ato de falar dormindo. Pode variar de murmúrios a falas completas, ocorrer uma única vez ou repetidamente durante a noite.
Segundo a Clínica da Universidade de Navarra, esse distúrbio do sono aparece principalmente nas fases mais leves (NREM), mas pode surgir em qualquer momento, dependendo de fatores internos e externos.
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Processamento emocional inconsciente
Enquanto dormimos, nossa mente não desliga: ela continua processando sentimentos e experiências.
Falar em voz alta pode ser uma forma de externalizar esse trabalho interno. A psicologia cognitiva sugere que, ao verbalizar pensamentos, o cérebro organiza memórias, regula emoções e, literalmente, “desabafa” conflitos não resolvidos do dia.
Exemplos comuns
- Repetir diálogos tensos antes de adormecer
- Murmurar soluções para problemas pendentes
- Emitir frases desconexas ligadas a preocupações
Estresse, ansiedade e gatilhos diurnos
Altos níveis de estresse ou ansiedade tornam o sonilóquio mais frequente.
Quando uma pessoa vive sob pressão — seja no trabalho, em relacionamentos ou em situações pessoais —, o cérebro permanece em estado de alerta mesmo durante o sono. Estudos publicados na Psychology Today associam o distúrbio a noites em claro e à repetição de temas estressantes no sonilóquio.
Fator genético e desenvolvimento
Há indícios de que sonilóquio pode passar de pais para filhos.
Pesquisas mostram que crianças cujos responsáveis falam dormindo são mais propensas a apresentar o mesmo comportamento.
Com o tempo, esse hábito tende a diminuir, mas em alguns adultos permanece como traço hereditário do processamento mental noturno.
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Associação com outros distúrbios do sono

Em casos mais intensos, falar dormindo sinaliza possíveis problemas associados.
Sonambulismo, apneia do sono e terrores noturnos podem ocorrer em paralelo ao sonilóquio. Por isso, atenção ao padrão: falas muito frequentes ou acompanhadas de gritos podem requerer avaliação médica para descartar distúrbios mais graves.
Dicas para reduzir o sonilóquio
– Ritual relaxante: evite telas e atividades estimulantes antes de dormir;
– Rotina de sono: mantenha horários regulares para deitar e acordar;
– Gestão de estresse: meditação ou respiração profunda podem acalmar a mente;
– Limitar álcool e cafeína: essas substâncias intensificam as parassonias.
Adotar hábitos saudáveis de sono contribui para noites mais tranquilas e reduz a chance de solilóquios inesperados.
Psicologia explica por que falamos durante o sono
Quando uma pessoa fala dormindo, segundo a psicologia, seu cérebro está em ação contínua: processando emoções, aliviando tensões e, às vezes, revelando heranças genéticas ou distúrbios associados.
Compreender o sonilóquio ajuda a normalizar a experiência e a buscar suporte profissional se o hábito se tornar excessivo ou perturbador.
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