WhatsApp mostrará propagandas e isso é tudo que os usuários precisam saber

O WhatsApp, com seus 3 bilhões de usuários, muda o jogo ao introduzir propagandas na aba Atualizações. A Meta confirmou em 16 de junho que, a partir de fases de testes em países selecionados, veremos publicidade entre Status e Canais.
O objetivo é monetizar sem invadir nossas conversas privadas — pelo menos, por enquanto.
Formatos de propagandas no WhatsApp
Propagandas no WhatsApp surgirão em três frentes:
- Canais promovidos: administradores podem pagar para subir de posição nas buscas internas, garantindo maior visibilidade.
- Assinaturas pagas: criadores de conteúdo cobrarão por posts ou mensagens exclusivas, criando um novo fluxo de receita.
- Publicidade em Status: empresas que usam o WhatsApp Business poderão colocar propagandas em seus Status, sem permitir links externos.
- Como anúncios no WhatsApp vão mudar plataforma para sempre segundo a psicologia
Por ora, conversas pessoais e em grupo permanecem livres de propagandas, mas ninguém garante que isso não mude no futuro.
Como o WhatsApp segmentará os propagandas
A Meta assegura que mensagens e chamadas continuam criptografadas de ponta a ponta. Ainda assim, informações como país, cidade, idioma do aparelho, comportamento na aba Notícias e canais seguidos serão usadas para direcionar a publicidade.
Usuários que vincularem contas do Meta (Facebook, Instagram, Threads) aceitam o compartilhamento de dados entre plataformas, ajustável na Central de Contas.
Por que agora: a estratégia por trás dos propagandas
O WhatsApp tem alcance ainda maior que o Instagram (3 bi vs. 2 bi de usuários mensais). Monetizar os 1,5 bi que acessam a aba Atualizações diariamente representa uma mina de ouro para a Meta, que expande seu ecossistema sem sair de casa.
Gradual e controlada, a introdução de propagandas mira em equilibrar receita e uso.
Impactos na experiência do usuário
Ver propagandas onde antes havia apenas atualizações de amigos pode gerar reação mista. Muitos procuram o WhatsApp para fugir do excesso de publicidade. Agora, ao rolar Status, há risco de FOMO (medo de perder algo) e irritabilidade diante de ofertas.
Para a psicologia, introduzir propaganda em ambiente antes livre aumenta a carga cognitiva, pois o usuário passa a filtrar o que consome com mais atenção.
Por outro lado, quem não usa o Status quase não notará a mudança. A privacidade das conversas segue intacta, e a possibilidade de assinaturas pagas cria novas experiências de conteúdo. Leia também: Novo atalho do WhatsApp acelera envio de áudios; veja como funciona.
Alternativas sem propagandas existem?
Hoje, quase todas plataformas adotam publicidade: Telegram, Facebook Messenger e Line também anunciam. Apps europeus (Olvid, Skred, Threema) são mais privados, mas pagos e menos populares.
O Signal é grátis e sem propagandas, porém oferece menos recursos. Fora isso, o RCS, evolução do SMS, promete criptografia, mas ainda não é adotado em larga escala.
A nova cara do WhatsApp para empresas
Anunciantes ganham um canal direto aos consumidores. Criar conteúdo para Status ou Canais deixa de ser só compartilhar fotos e passa a ser ferramenta de vendas.
O WhatsApp migra de simples mensageiro para plataforma de distribuição e monetização, onde o usuário pode clicar e já iniciar um bate‑papo com a marca. Para negócios, é hora de experimentar criativos para formatos curtos e temporários.
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Evolução ou invasão?
WhatsApp com propagandas soa como quebra de um pacto não escrito: o app era zona livre de propagandas. A Meta tenta balancear monetização e privacidade, mas resta saber o custo dessa transição.
Acostumar-se a propagandas em tudo torna inevitável questionar: até quando chats e grupos ficarão a salvo? O futuro mostrará se o mensageiro manterá seu DNA ou seguirá o caminho de redes sociais cada vez mais comerciais.
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