Sim, seus pais têm um filho favorito e a ciência explica quem é

A ideia de que os pais amam todos os filhos de forma igual pode ser um mito. Um estudo recente confirmou que a maioria dos pais tem um filho favorito, mesmo que não admitam. Essa preferência nem sempre é consciente, mas pode influenciar a dinâmica familiar e o desenvolvimento emocional das crianças.
O estudo que revelou a verdade
Uma pesquisa realizada pela Universidade Brigham Young (BYU) e publicada no Psychological Bulletin analisou dados de mais de 19.000 participantes. Os resultados apontam padrões claros de favoritismo parental, incluindo:
- Filhas são mais favorecidas: Pais tendem a tratar suas filhas com mais carinho e atenção, embora esse favoritismo nem sempre seja percebido pelos filhos.
- Os primogênitos têm mais liberdade: Os filhos mais velhos geralmente recebem mais autonomia e confiança, enquanto os caçulas são mais protegidos.
- Crianças responsáveis são preferidas: Filhos que demonstram ser mais obedientes e tranquilos costumam receber tratamento privilegiado.
Os pesquisadores identificaram que tanto mães quanto pais costumam preferir filhas mais velhas, enquanto os filhos mais novos são menos cobrados, mas também menos valorizados em certos aspectos.
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O impacto do favoritismo na criança
O favoritismo dos pais pode ter consequências significativas na saúde emocional dos filhos. Os que percebem que não são os favoritos podem desenvolver:
- Baixa autoestima: Sentir-se menos amado pode afetar a confiança e segurança.
- Ansiedade: O medo de desapontar os pais ou de nunca ser suficiente pode gerar estresse constante.
- Depressão: Em casos extremos, a falta de reconhecimento pode levar a problemas emocionais graves.
Já os filhos favoritos tendem a desenvolver maior segurança, mas também podem crescer com uma visão distorcida de suas capacidades.
Como os pais podem evitar o favoritismo?
Embora a pesquisa confirme que o favoritismo existe, ela também sugere maneiras para os pais evitá-lo e melhorar a relação familiar:
1. Reconhecer o favoritismo inconsciente
O primeiro passo é admitir que pode haver tendências de tratamento diferente entre os filhos. Isso não significa falha parental, mas sim uma oportunidade de ajuste.
2. Equilibrar a atenção e a disciplina
Todos os filhos devem receber oportunidades iguais de atenção, carinho e autonomia. Isso inclui elogios, responsabilidades e incentivos de maneira justa.
3. Criar espaços de diálogo
Conversar sobre sentimentos e percepções ajuda a fortalecer os laços familiares e a evitar ressentimentos.
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A ideia de que os pais não têm preferência por um filho é romântica, mas não corresponde à realidade. Estudos mostram que o favoritismo existe e pode impactar a dinâmica familiar. No entanto, reconhecer esses padrões permite que os pais fortaleçam seus laços familiares e garantam um ambiente saudável para todos os filhos.